Dentre os investimentos de criptoativos, as stablecoins surgem como uma alternativa estratégica para quem busca mitigar riscos sem abrir mão da exposição ao setor. Com valores atrelados a ativos mais estáveis, como o dólar americano, essas moedas digitais prometem previsibilidade e segurança em meio à alta volatilidade característica do mercado.
O que são stablecoins e por que investir nelas?
Stablecoins são ativos digitais projetados para manter paridade com um ativo de referência, geralmente o dólar. Essa vinculação visa garantir que cada unidade da moeda digital mantenha uma equivalência de valor próxima a 1:1 com o ativo subjacente, proporcionando maior estabilidade de preço.
A tecnologia por trás dessas moedas pode envolver reservas fiduciárias, garantias em outros criptoativos ou mecanismos algorítmicos que regulam sua oferta de forma programada.
Investir em stablecoins representa uma estratégia sólida para diversificação. Ao contrário de criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum, que sofrem variações expressivas de preço, as stablecoins oferecem um porto seguro em momentos de instabilidade. Elas também são amplamente utilizadas para transações internacionais, envio de remessas, armazenamento de valor e como ferramenta de liquidez dentro de plataformas de finanças descentralizadas.
A seguir, confira quatro stablecoins relevantes do momento, suas particularidades e como podem contribuir para a diversificação do seu portfólio.
- USDT
A Tether (USDT) é a stablecoin mais negociada mundialmente e lidera com folga o segmento. Pareada ao dólar americano, ela representa cerca de dois terços da capitalização de mercado total entre as stablecoins.
No Brasil, é comumente utilizada para transferências cotidianas e operações de câmbio informal, sendo uma das preferidas entre usuários que buscam proteger seus ativos da inflação local ou da volatilidade do real. Sua liquidez e aceitação global tornam a USDT uma opção versátil para qualquer tipo de investidor.
- USDC
Conhecida pela transparência e governança, a USD Coin (USDC) é uma alternativa sólida para quem prioriza segurança regulatória. Emitida por instituições regulamentadas e com auditorias regulares, essa moeda digital oferece uma base de confiança para investidores mais cautelosos.
É considerada a segunda maior stablecoin e tem papel essencial nas estratégias de proteção contra oscilações de preço dentro do ecossistema cripto.
- BRL1
A BLR1 foi criada com o objetivo de oferecer uma solução segura, transparente e escalável para facilitar a movimentação de recursos em reais entre plataformas nacionais e internacionais ao manter paridade com a moeda nacional (1 BRL1 = 1 real).
A escolha dessa rede se alinha à proposta de garantir que os usuários possam realizar transações com menos atrito, maior rapidez e tarifas significativamente reduzidas. Ela é estruturada sobre a rede Polygon, uma blockchain de segunda camada conhecida por sua velocidade, escalabilidade e baixos custos de operação.
O consórcio responsável pela BRL1 estima uma emissão inicial de mais de R$ 50 milhões em tokens ainda em 2025.
- USDE
A USDE é uma adição recente ao mercado, mas que rapidamente conquistou espaço. Seu crescimento acelerado e boa aceitação em plataformas selecionadas mostram o potencial da moeda para nichos específicos. Embora mantenha a paridade com o dólar, a USDE se destaca pela abordagem voltada à inovação e à adoção em ecossistemas emergentes.
Escolha estratégica
Adicionar stablecoins à carteira é uma estratégia inteligente para investidores que querem se proteger da volatilidade cripto, mantendo sua presença no mercado. Como em qualquer investimento, é fundamental realizar uma análise detalhada, considerando a segurança, a governança e os objetivos individuais. Assim, é possível aproveitar o melhor que o mundo dos criptoativos tem a oferecer, com mais estabilidade e previsibilidade.